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Portugal de Moto | Dia 2: Pneu Furado em Serpa

Conseguiremos continuar a viagem?

Procurando uma solução


Depois da caminhada noturna até a pousada, não dormimos antes de procurar no 4G do chip que compramos em Lisboa uma oficina que pudesse nos ajudar. Achamos apenas uma opção, e no fundo sabíamos que não seria fácil achar algum mecânico preparado para mexer em uma Harley-Davidson. Até ali, não tinha visto nenhuma rodando. Nas estradas de Portugal, assim como no Brasil, as big trails predominavam – por mais que não tivessem muitas motos rodando nas estradas em pleno inverno. Em Serpa, a grande maioria era de motos de baixa cilindrada.


Acordamos cedo e a vista do quarto era de um cenário rural convidativo ao relaxamento. Não sabia o que estava plantado ali, mas a terra estava sendo muito bem cuidada. Como chegamos à noite, não tínhamos conseguido notar a beleza do lugar – simples, como deve ser. “O café da manhã deve ser bom”, pensei. E realmente era um belo café da manhã do campo. Mas infelizmente o tempo não estava a nosso favor e na primeira oportunidade contamos para os donos da pousada, um casal de senhores muito simpático, o que havia acontecido na noite anterior. Prontamente, a dona da pousada se colocou à disposição para nos ajudar. Pegou seu carro do dia a dia, um Renault bem antigo de 4 marchas que não consegui identificar, e nos levou até a oficina que havíamos achado no Google.


Hora da realidade: Quem mexe em Harley-Davidson?

Primeiro banho de água fria: a oficina não mexia com motos. Mas só falaram isso depois que respondi à pergunta “qual é a sua moto?”. No site deles estava dizendo que atendiam todas as marcas de moto, mas ali entendi que “todas as marcas” não incluía a Harley-Davidson. A senhora, dona da pousada, ainda brigou com o dono da oficina, mas saímos dali em busca de uma nova esperança. Seguimos até uma pequena oficina de bicicletas e motos de um amigo de infância dela. O senhor estava lá mexendo em uma moto de baixa cilindrada e logo vi que ali não teria as ferramentas necessárias caso fosse necessário tirar a roda, por exemplo. Mesmo assim, se ele viesse com a mesma vontade de nos ajudar que os donos da pousada, acreditei que conseguiríamos juntos resolver. Explicamos onde a moto estava estacionada e ele disse que nos encontraria lá em 30 minutos. “Pronto, metade do problema estava resolvido”, pensei, “agora é resolve-lo de fato para seguir viagem”.


Fomos até a moto e ali esperamos dez, quinze, vinte, trinta, quarenta, cinquenta intermináveis minutos. A sensação de olhar para aquele pneu fora da roda sem poder fazer nada era realmente brochante. Ficamos ali pelo menos duas horas entre esperando o cara chegar e tentando achar alguma outra solução, mas começava a pensar que a viagem havia acabado, que iria ligar para a empresa que locou a moto e avisar onde ela estava, que era para irem buscá-la e nós pegaríamos um ônibus de volta para Lisboa. A dona da pousada havia seguido para o trabalho, mas ainda nos ajudou. Ligava e perguntava se o mecânico já havia chegado, mas nem sinal dele, então ligava pro mecânico para cobrar alguma posição. Perguntei se havia algum outro lugar, em alguma cidade próxima e ela ficou de checar com o marido. Vinte minutos depois, uma van e um carro chegavam ao local.

Salvos pelos russos!


Eram russos ou iugoslavos, sei lá, mas só descobri isso quando eles começaram a conversar entre eles. Analisaram a situação e o carro foi embora. Da van saiu o maquinário que precisávamos para voltar com o pneu para a roda. Feito. Enchemos o pneu e aparentemente nenhum furo ou rasgo na borracha. Mesmo assim era necessário entender o que havia acontecido. Já pilotando a moto, fui acompanhando a van até a oficina, que ficava um pouco mais afastada do centro da cidade, na região industrial. Lá, mais testes. Nenhum furo ou rasgo no pneu, nenhum prego, nada! O problema, identificamos logo depois, estava no bico da câmara de ar, que vazava aos poucos. Pegamos a moto assim (!) e enquanto rodávamos durante o dia, com o pneu mais quente, não esvaziava tanto, mas foi parar e esfriar para ele murchar de uma vez.


Diagnóstico feito, hora de colocar a mão na massa. E que sufoco os “russos” tiveram. Começaram, um pouco atrapalhados, tentando tirar os alforges para chegar até a roda. Fui ajudar, mas logo fui expulso, então deixei eles se virarem. Percebi que não tinham as ferramentas em polegadas, mas ali já não estava me importando muito, apenas queria a moto em condições de rodar. Já era 11 horas da manhã e lá se ia uma manhã da viagem por um problema que nem nossa culpa foi. Pegamos a moto assim (!) e que raiva estava sentindo daquele francês. Poderíamos ter nos envolvido em um acidente! Que sorte a nossa, que não nos envolvemos...


Um pouco mais de meio-dia e a moto estava pronta. A solução foi colocar uma câmara de ar (a Heritage, que tem rodas raiadas, estava usando uma espécie de cinta nos raios para poder usar pneu sem câmara). Testei e tudo estava ok. Pagamos 50 euros para trocar uma câmara de ar, sem dúvidas vai ser o conserto de pneu mais caro da minha vida, mas ali só queria seguir viagem. Subimos na moto e voltamos para a pousada para pegar nossa mala e colocar o pé na estrada. A viagem continua!


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